sábado, 18 de fevereiro de 2012

Posto ângular

Sentado na praça, conversando com a vida, milho aos pombos, sorrisos gastos, labios entre-abertos e a certeza de um fim inesperado ..


Finda, como todo outono ou primavera, como cada manhã, ou tarde, ou sentimento tardio que se possa ser nomeado, some, esvai-se, causa cólera, angustias, ardor, sangra, fere, volta e passa.

Ao passar se faz desapercebido, reencontra, limita-se , sentido nenhum faz, prega, emprega e treemprega-se em defesas, palavras apenas. Ataca, chora, ri e vigia, pois não pode tocar, enciuma-se de pensar, ora a culpa é sua.

Troca, quer e volta, elipse mal empregada, matéria gramatical desperdiçada, literatura exilada, história extinta, casa mal pintada .. Pose de poema, versos, rimas, mal dizeres, ora quanta confusão se apresenta, ângulos, tri-ângulos, postos, re-postos, perdidos, mas se há em verdade, ainda são não achados.

Abstrato, ineficiente, inaudivel, não entendido, ora que, posto sem poder essas palavras que lhes são apresentadas, jamais sentidas, por ora geladas.

Não há queixas, fatos ou argumentos, ausentam-se todas as coisas paupaveis, sentiveis, esvaem-se de forma com que, sobre apenas geometria, não plana, não desenhada, muito menos literária.

2 comentários:

  1. Falar é muito, muito fácil. Fazer e sentir o que se fala, é outra história.

    Muito bom seu texto.
    Parabéns!

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  2. Muito lindo seu blog...Parabéns...to te seguindo! ;)

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